29 abril 2022

Trem Pra Fazer revela a cidade de Contagem por outros olhares

 

Trem Pra Fazer, iniciativa do jornalista Felipe Pedrosa, tem visitado pontos importantes da cidade metropolitana de BH e provado que o local não é apenas dormitório


Nos trilhos desde 2015, o Trem Pra Fazer, que faz uma curadoria online de onde comer, visitar e, de fato, do que fazer nas cidades por onde passa, abriu 2022 com uma missão: mostrar para a sociedade que Contagem, município metropolitano de Belo Horizonte, é muito mais do que um ambiente dormitório, um parque industrial e um território de passagem. Contemplado no Edital Movimenta Cultura, do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura, da Prefeitura de Contagem, o projeto, desde março, vem mostrando nas redes sociais as riquezas da chamada “Terra das Abóboras”.

“Quando o Trem Pra Fazer nasceu, no segundo semestre de 2015, a missão já era desmistificar Contagem, principalmente para as pessoas que carregavam, ou ainda carregam, um certo preconceito sobre o município. Eu cansei de ouvir que Contagem não tinha nada pra fazer e, por isso, lancei o Trem Pra Fazer, que, no primeiro momento, era uma espécie de agenda cultural da cidade”, conta Felipe Pedrosa, jornalista especializado em cultura, diretor do documentário “Bênção” (2012), que retrata o benzedor Mário Brás da Luz, e fundador da iniciativa online.

Apesar da missão inicial, o Trem Pra Fazer conquistou outros territórios. Ao longo dos anos, o turismo e a gastronomia viraram os principais assuntos abordados pela página. Inclusive, Felipe Pedrosa foi jurado do Comida di Buteco e da revista “Veja Comer e Beber BH”, em distintas oportunidades. “Agora, com o aporte do edital, eu pude voltar os meus olhares para Contagem, mostrando o que o município tem a oferecer e, muito mais do que isso, alimentando o sentimento de pertencimento à cidade. A partir do momento em que as pessoas sentem que fazem parte de um determinado local, a visão muda, o cuidado aumenta e o combate às chancelas pejorativas ganham força”, frisa o jornalista, que foi um dos primeiros influenciadores digitais a mostrar Contagem.

Entre os locais já visitados pelo Trem Pra Fazer, estão a Casa de Cultura Nair Mendes, que é um dos imóveis mais antigos de Contagem; o Parque Ecológico do Eldorado e o Parque Ecológico Gentil Diniz, que são dois pulmões da cidade; a Coluna Bracher, um monumento em homenagem à Comunidade dos Arturos; e o bairro Retiro, já quase na divisa com Esmeraldas. “O retorno do público, tanto o que não conhecia a cidade quanto dos próprios moradores, tem sido muito positivo. No entanto, eu fiquei surpreso com a repercussão entre os moradores do Retiro, que é um dos bairros mais antigos da cidade, onde tem um time de futebol fundado na época da Ditadura Militar. Essa galera, ao ver o local onde mora retratado de uma maneira positiva, chegou a me agradecer. Isso é o mais importante: o sentimento de pertencimento”, destaca.

A série intitulada Trem Pra Fazer em Contagem pode ser acompanhada no Instagram, no perfil @tremprafazer. Até o segundo semestre deste ano, conteúdos distintos sobre a cidade de Contagem vão ser compartilhados. “Não vejo a hora de começar a mostrar os bares, restaurantes e a riqueza gastronômica da cidade. Tem muita coisa legal vindo aí, além de um documentário sobre uma cena musical que movimentou a juventude do município”, finaliza Felipe Pedrosa.


Onde ver? @tremprafazer


Quem é Felipe Pedrosa?

Jornalista formado no Centro Universitário Newton Paiva e pós-graduado no Centro Universitário Una, Felipe Pedrosa, de 33 anos, está diretamente envolvido na cobertura cultural desde 2011. Ao longo do tempo, ele dirigiu o documentário “Benção”, que pode ser visto no YouTube; foi um dos autores do livro “Remetente Nº 15”; e atua há mais de uma década nos jornais e mídias da Sempre Editora, onde hoje ocupa o cargo de Editor Adjunto de Cultura, Entretenimento e Variedades. Além, é claro, de ter criado o projeto Trem Pra Fazer. Pedrosa ainda foi jurado do Comida di Buteco, em 2018 e 2021, e da “Veja Comer e Beber BH”, em 2019. Nos últimos anos, ele ainda teve a oportunidade de trabalhar com o bloco Pena de Pavão de Krishna, com a Namarra Cultural, com o Grupo Trama de Teatro, com o Ceia e com a Associação Move Cultura.

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