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IGP-M tem causado bastante dor de cabeça devido à alta exorbitante há mais de 1 ano e imobiliárias estão se adaptando para negociar contratos com os clientes.
O Índice Geral de Preços no Mercado (IGP-M) fechou o mês de março com um aumento de 2,94%. Uma alta acumulada de 8,26% nos primeiros meses do ano e 31,10% em comparação a 2020, que foi de 6,81% durante os 12 meses antecedentes. Esta alteração nos preços tem sido gradativa durante algum tempo. Para driblar a situação e tentar ser rentável para ambas as partes, o mercado imobiliário tem mudado a forma de fechar negócios.
Com esse aumento do IGP-M, algumas imobiliárias e corretores têm adotado o IPCA (Índice de Preços ao Consumo Amplo) para definir o reajuste do aluguel. A escolha pode não ser tão vantajosa tanto para a empresa, quanto para o vendedor, mas, pode facilitar na hora de fechar o contrato, pois quem deseja alugar, precisa do imóvel com certa urgência, tendo em vista que o IPCA tem um índice menor de aumento.
Com a elevada diferença entre os índices, o inquilino escolhe outras maneiras no contrato, que sejam mais rentáveis a ele. “Apesar de o IGPM geralmente já ser mesmo mais alto do que o IPCA, essa diferença ficou grande demais no último ano. Logo, algumas imobiliárias já estão aderindo ao IPCA para atrair mais clientes e fazer com que os antigos permaneçam”, explica a consultora imobiliária, Arlene Gomes, especialista em estratégias e gestão ágil (OKR).
Entretanto, existem alguns questionamentos, como: e se eu pedir a mudança do meu contrato anterior com base no Índice de Preços ao Consumo Amplo? “Existe sim, esta possibilidade. O IPCA é usado nos novos contratos desde 26 de novembro de 2020. Já os contratos anteriores ainda em IGP-M, têm a opção de migrar para outro indexador”, esclarece a consultora.
Trocar ou não trocar? Eis a questão
A troca é opcional e não tem adesão de todo o mercado. Arlene elucida que para alguns especialistas, não há necessidade de trocar os índices. “O IGP-M é usado há mais de 3 décadas. Além disso, segundo eles, nem sempre o IGP-M fica mais alto do que o IPCA. Eles citam duas ocasiões em que os índices ficaram equiparados (em novembro de 2019) ou o IGP-M ficou inferior ao IPCA (em 2017 quando o IPCA ficou em -0,52% e o IPCA bateu 2,95%)”.
De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), nem a correção feita pelo IGP-M nem pelo IPCA levam em consideração fatores importantes específicos do mercado. Para a especialista, nesse caso, o índice ideal deve considerar a infraestrutura, o estado do imóvel, sua localização, a segurança na região e até a remuneração do proprietário. “O importante é se basear nas reais necessidades do proprietário, garantindo o equilíbrio financeiro do investimento para adotar qual índice deve ser usado", ressaltou Gomes.
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