17 setembro 2010

Leandro Mazzini na FES-BH


O escritor e jornalista Leandro Mazzini esteve na faculdade Estácio de Sá, nesta quinta-feira (16) no campus Prado para o lançamento de seu livro “Corra que a política vem aí”. O livro retrata o lado real do cidadão através de crônicas fictícias, relatando casos que representa bem as situações cotidianas dos cidadãos. Para ele a política está em nosso cotidiano e em nossas vidas, “a política é disciplina, então, todos somos políticos seja na hora de estudar, na hora de debater, organizar a sua vida, a sua agenda diária, isso tudo é política” afirma Mazzini. E para exemplificar o que é política, Mazzini leu à crônica ‘A saúde de Brasília’ que está presente em seu livro.

Mazzini ressaltou então, que o poder está em tudo, está em nossos atos, em nossos votos, em nossas ações diárias tanto no trabalho como em casa ou na sociedade. O poder não está somente com os mandatários e como exemplo de poder citou também o fora Collor que levou muitas pessoas as ruas para tirar o Collor do poder.

Falou também que um dos maiores erros dos repórteres de política é ser anarquista, aconselhou os estudantes a deixar a mente trabalhar e que para serem sempre racionais sejam sempre repórteres para poderem reportar os fatos, devem ter também sempre cuidado com as fontes, pois estarão lidando com vidas, pessoas que possuem família e que o maior patrimônio de um jornalista é o próprio nome.

A importancia do nome de um jornalista


Para Mazzini o jornalista político precisa de três livros para sobreviver: a gramática para saber escrever, a constituição para ter respaldo sobre o que escreve e a bíblia para rezar depois das conseqüências que você soltar as matérias.

De acordo com Mazzini, o setor da mídia hoje, é o setor que mais está passando por transformações no mercado neste momento “A informação hoje está em todo lugar, sempre esteve, mas hoje com a internet a informação está mais rápida”. Para ele, a informação hoje possui duas pontas: o jornal e o leitor, o radio e o ouvinte, a televisão e o telespectador. O novo perfil do jornalista exige um profissional multi, um repórter que saiba fazer de tudo um pouco irá ganhar cada vez mais as redações “hoje ele precisa saber fazer de tudo, devido a convergência de mídia, as empresas estão buscando profissionais com interação, com essa integração com o radio, TV e o impresso tudo ao mesmo tempo”. Como integração midiática citou o twitter.

Outro assunto debatido também durante a palestra foi a passagem do Jornal do Brasil para a plataforma digital e Mazzini esclareceu que essa mudança se deu por dois motivos: o primeiro foi devido a crise financeira de anos, e segundo devido a mudança muito rápida de tudo que acontece hoje junto com a questão ambiental; pois o papel (matéria prima do impresso) é algo muito caro e está cada vez mais escasso, “não é mais vantagem alguma para empresa nenhuma no mundo derrubar árvores”. O numero de informação adquirida através da internet é cada vez maior, cada vez mais lemos e buscamos informações pela internet. “O acesso a noticia e a informação através não só da internet ainda é muito elitizada, ainda temos muito pouco acesso a informação.”

Quando o JB anunciou que passaria a migrar para o digital a partir do mês de setembro houve uma onda de lamentações no Brasil inteiro por se tratar de um jornal pioneiro no Brasil. Mas os acessos ao site aumentaram devido também a toda repercussão. Para Mazzini a outra vantagem do JB em formato digital é que ele atinge o Brasil inteiro. “As plataformas digitais ganham seu papel no mercado, no mundo e no que mais pode vir por ai”. O JB sobrevive toda essa transformação devido a tradição de nome dele,

Como Mazzini trabalha em vários meios de comunicação, o assunto do fim do diploma também foi debatido. Para Mazzini foi um erro grave do STF ter derrubado o diploma de jornalismo no qual ele acredita que o diploma deve voltar “O STF deveria ir às faculdades e ir a campo para saber o que é ser jornalista de verdade antes de darem o voto”. Para ele a troca de experiência diária não faz com que o aluno saia um jornalista formado da faculdade, mas as experiências com os professores que já estão no mercado é fundamental, afirma.

Leandro Mazzini também é colunista do JB, apresentador do programa Tribuna na TV, transmitido pela Rede Vida de Televisão e comentarista político na radio digital news.


A saude de Brasilia - Crônica

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